
Conhecer alguém. Ele sucumbe a uma pseudo-paixoneta
, ela nem por isso. Vistas as coisas decidem que podem ser amigos e
encontram-se várias vezes, fazem coisas de amigos como jantar fora, ir
ao cinema ou a um concerto . A coisa vai andando controlada mas a ideia
sempre presente de uma atracção por parte dele faz com que ela tenha
momentos de recuo ou de avanço, conforme acha que lhe está a dar
esperanças ou não.
A situação dela é
delicada e tem de ser bem gerida porque tem ali uma pessoa que - não
fazendo tudo por ela - faria muita coisa, e isso causa uma sensação
inebriante .
Note-se que a situação ficou
esclarecida ao ínicio mas resta sempre uma réstia de esperança que as
coisas se invertam ou sejam geradas sinergias que levem a uma maior
intimidade e eventualmente um relacionamento. Com o tempo, e quando tal
não acontece, há um distanciamento - da parte dele.
Ela?
Ela
fica sempre a pensar que afinal tanta atenção, tanto interesse e
amizade daquele "amigo" traziam água no bico e eram apenas um meio para
obter um fim, um prémio : ela - com tudo o que isso implica - ou sexo, o
que acontecer primeiro.
Esta estória
podia ser contada na 1ª pessoa, e já o foi algumas vezes. Num Mundo em
que toda a gente corre, num Mundo em que os relacionamentos são tipo
fast-food , num Mundo em que a amizade passou a ter um papel secundário,
é muito difícil ter amigas porque essas também correm atrás da sua
cara-metade, e impossível ter amigos. Porque esses também não têem tempo
a perder.
Fazendo minhas as tuas palavras de há alguns anos atrás, o monstro precisa de amigos...
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=yhh_D9e5TaA
Afago*